Archive for the ‘brasileiro’ Category

Lamentável

Bom dia pessoas!

Confesso que fiquei surpreso com a receptividade positiva do post anterior e acabei demorando mais do que devia para atualizar isso aqui. Mas sabem como é… trabalho, faculdade, evitar ficar no pc no tempo livre, Nintendo DS, outras coisas mais interessantes e por aí vai.

Nesse exato momento estou a ouvir Beirut que segundo a lenda virá para o Tim Festival desse ano. Preciso confirmar isso o quão antes… assim como boatos que ouvi por aí de Muse vir cá em Julho. *dedos cruzados*

Ia fazer um post sobre a aprovação na ISO do bizonho formato Office Open XML e como isso é ruim para todos. Poderia descorrer muita coisa aqui, mas tudo o que eu gostaria de falar já foi dito nesse site. Contudo, acho que uma coisa pode ser adicionada, uma explicação simples para leigos:

O problema de a ISO ter sido corrompida, ter tido enormes irregularidades no processo de votação de vários países (maior exemplo sendo a Noruega pediu oficialmente que seu voto fosse anulado – 20 e poucos Não e uma meia dúzia ou menos de Sim e o voto deles vai como SIM? Estranho, não?), e uma clara sensação de que quem fez o “padrão” ser aprovado foi o lobby da MS e não a qualidade de seu produto, não está somente no campo da corrupção. Está no fato de que isso pode impedir você de ter liberdade de escolha.

A MS quis disesperadamente aprovar um formato seu como padrão ISO porque seu concorrente conseguiu isso. E sendo um padrão é mais fácil de ser adotado por governos, empresas, e cidadão comuns idependentemente de qual programa eu uso. Em poucas palavras, isso significa dizer que seja lá qual for o programa que eu ou você utilizamos para editar nossos textos, podemos trocar arquivos no formato ODT (o concorrente) independentemente se esse é ou não o formato natural de nossos programas. Assim, você não tem que comprar um pacote de escritório que te custam 3 meses de trabalho. E que na próxima versão irá gerar arquivos que o seu programa atual não será capaz de abrir, quanto mais editar – correndo o risco dessa nova versão exculhambar com os arquivos as versões anteriores ao editá-los.

E aí vem aquela mentalidade brasileira: mas eu tenho “ófissi de graça! Peguei na internetchi!” ou “Peguei emprestado com um cara lá da firma.”  “Comprei no camelô!”. Bom, seguindo essa mentalidade do brasileiro padrão fica meio difícil argumentar com qualquer coisa que envolva dinheiro. Mas isso é o de menos. O que tá em jogo é você poder escolher ter ou não o software X. Preferir ou não o Y. Ser obrigado a trabalhar com uma única suíte de escritório simplesmente porque seu formato é proprietário e quase que proibitivo ao trabalhar em outras aplicações porque ela não colabora, é como se você fosse obriagdo a abastecer seu carro sempre e única e exclusivamente em um único posto de gasolina que fornesse um único tipo de combustível de um único distribuidor de uma única refinaria = independentemente se você não quer.

Iria me alongar nesse assunto, porém, ele me cansa. Leiam os links que postei e seus comentários. Valem mais do que eu ficar aqui divagando.

Até mais!

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Outros links:

http://www.noooxml.org/start
http://www.groklaw.net/article.php?story=20080328090328998

Paga-Pau de gringo?

De tempos em tempos surgem “fenômenos” musicais fabricados, pré fabricado, ou genuinamente talentosos. Nos tempos da internet esses “fenômenos” são cada vez mais efêmeros, localizados ou não, e constantemente mencionados em vários veículos de comunicação. Alguns são realmente talentosos e por ventura acabam criando algo de valor, que não soe como as outras tantas bandas de internet da atualidade. E claro que aqui no Brasil surgiram fenômenos como esses (preciso mencionar quais os principais?) . Porém, entre os mais recentes surgiu uma garota de apenas 15 anos, tocando algo parecido com um folk.

Não estou aqui para fazer uma análise musical da menina, não mesmo. Pelo contrário, nunca escutei sua música e apenas ouvir falar dela quando li cartas em resposta a uma matéria do caderno Folha Teen da Folha de S. Paulo de algumas semanas atrás. Fora o jornal, agora tenho a visto com certa frequência nos intervalos da MTV (por favor MTV! Pare com a lavagem cerebral, vai!) . Contudo, vê-la com essa freqüência na TV me fez lembrar das cartas indignadas dos leitores da Folha, colocando em cheque o talento da menina, dizendo que ela e outros jovens compositores deviam focar-se na cultura brasileira e deixarem de ser tão americanizados. Teve também algum comentário do glorioso Álvaro Pereira Junior, mas como não dou importância pra o que ele diz, nem me lembro de seu comentário.

Lembrar disso me fez refletir sobre algo: muitas vezes quem já passou da casa dos 20 e até mesmo algumas pessoas entre 0s 18 e 20 anos comenta que a molecada na faixa dos 15 anos é vazia, sem referência cultural, improdutiva, inerte. E de certa forma as pessoas tem razão. Vejo praticamente uma nulidade em termos produtivos das pessoas dessa faixa etária. Acontece que para toda regra existem exceções e aí que entra a menina citada lá em cima e as pessoas que a execram. Não entendo o porque dessa atitude. As pessoas deviam estar contentes que essa menina e outras pessoas de sua idade estejam produzindo algo cultural, compondo, escrevendo, usando o cérebro.

Pode ser que o ponto de crítica contra Mallu e companhia seja no fator tipo de música, ou na natural imaturidade de uma pessoa de 15 anos que se mete (no bom sentido) a compor. Talvez esses adolescentes não tenham a maturidade ideal para compreenderem melodias mais complexas e soturnas, ou escreverem algo de certa relevância. Porém, acredito que se continuarem a produzir vão amadurecer rapidamente e se tornarão bons músicos. Mas voltando ao fator tipo de música, essa é outra coisa que me intriga.

Quando vemos um músico estrangeiro com melodias que nos lembram a bossa nova, o samba de raiz, o choro e outras sonoridades brasileiras, eles são considerados músicos mais cultos. Chegam até a ganhar uma aura de descolados, visionários, músicos que se diferenciam do resto por seu amplo e excelente conhecimento musical. Não importa se é um músico antigo ou um músico novato – ele não é queimado. Agora, quando vemos um músico nacional, principalmente um iniciante, com uma sonoridade tipicamente estrangeira já vem logo alguém para apontar dedo e acusar o músico de traidor que renega a pátria e paga-pau de gringo.

Inexperientes, imaturos e sem profundidade, com erros de inglês e português, com melodias simples e óbvias, fazendo músicas chatas , toda essa “pirralhada” tem meu apoio e meu cumprimento, pois, gostaria que houvessem muito mais adolescentes como estes – diferente da maioria que a grande preocupação é saber quem tá fuçando no orkut dela.

Brasileiro e a Internet – parte II

Então que mais uma vez, de novo, pela sei-lá qual vez, nós, brasileiros batemos o recorde de tempos de acesso a internet, segundo o [1]NetRatings. Além de mostrar o tempo de acesso, a pesquisa também mostra os sites mais acessados, o que revela o hábito do brasileiro: perder tempo.

Não faz muito tempo uma outra pesquisa apontou que apesar de sermos o topo no tempo de acesso, somos o topo no uso indevido desta.

E querem me convencer de que vender computadores baratos e facilitar o acesso a internet a todos é a solução para os problemas educacionais do país. Deve existir, sim, uma inclusão digital, mas feita direito.

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E o senado Eduardo Azeredo enviou, de novo, [2]um projeto de lei para tornar a internet mais segura, onde você teria acesso a informações sigilosas sobre quem está acessando a internet sem precisar do aval de juizes e coisas do gênero. Não é exatamente isso, mas essa foi a minha interpretação.

Por mais absurdo que isso possa soar, após conversar com várias pessoas, concluí que isso é realmente necessário aqui no Brasil, já que não sabemos nos comportar e sempre fazemos mau uso da liberdade que nos é dada.

Até mais

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[1] http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u22080.shtml
[2] http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u117438.shtml

Um rápido comentário sobre brasileiros e a internet

Eu realmente não entendo brasileiro! Principalmente  aqueles que  utilizam a internet. Costumam reclamar e xingar os gringos quando esses nos dizem que somos imprestáveis e parias  da internet. Juro que no começo eu ficava ofendido com isso, mas agora começo a dar razão para tais sujeitos.

O Brasil é um dos países que mais tempo passa conectado, porém, foi constatado também que usamos esse tempo da pior maneira possível. Digamos que a maior parte desse tempo é gasto com Orkut, pornografia, warez, MSN, jogos online com cheat (vale lembrar que não conseguimos ser honestos nem no mundo virtual),  crackeando outros, e avacalhando com sítios úteis de conteúdo aberto livre para edição, como o Wikipedia. Porque não basta ter a Desciclopédia para tal fim, o brasileiro tem que dar um jeito de avacalhar com aquilo que não é pra ser avacalhado. É a má índole natural de todo brasileiro que pregam lá fora? Torço para que não seja. Torço para que seja apenas a “cretinisse” nacional, essa sim, praticamente já parte de  nossa cultura: avacalhar com os outros é  o que é certo! Esculhambar com sítios que deveriam ser fontes confiáveis de pesquisas e prejudicando indiretamente os outros é o que domina! E alguns ainda tem orgulho de serem errado.

Um babaca que deu entrevista ao caderno Folha Teen de segunda dia 30 de abril, fazia questão de falar que se diverte adulterando artigos da Wikipedia com datas e nomes errados. Outro idiota se orgulha de ter criado artigos falsos sobre ele e sua namorada. É deprimente…

Tudo bem que toda pesquisa deve ter mais de uma fonte de consulta, mas não é por isso que podemos avacalhar com um sítio à bel-prazer.

Já avacalhamos com Fotolog.net a um tempo atrás, transformamos o Orkut numa sub-internet brasileira graças aos gênios e gênias que faziam questão de falar em português nas comunidade internacionais. Sem contar os pedófilos, comunidades ofensivas contra outras pessoas de quem não gostamos, comunidades de ódio racial e outras coisas, tráfico, ponto de encontro para arranjar confrontos entre gangues, e etc. Não bastando isso, temos que avacalhar com a Wikipedia.

É triste! Basta dar um pouco de liberdade ao brasileiro que já transformamos algo bom em algo em que temos que ficar com o pé atrás. Serviços utéis e interessantes em lugares desinteressantes e inúteis. Esse é o brasileiro!